Todas as mulheres reclamam que os homens são galinhas, que não se contentam com uma única mulher, mas isso não é verdade. A verdade está mais próxima da velha frase "Quem gosta de homem é ‘viado’, mulher gosta é de dinheiro". Observe que estamos falando em essa frase estar mais próxima da verdade daquela primeira, das mulheres. Mas proximidade não implica em exatidão.
Ocorre que o homem normal deposita seus instintos sexuais numa mulher imaginária, quem ele acredita irá satisfazer todas suas vontades e fantasias. Enquanto isso, as mulheres imaginam um homem que vai satisfazer todas suas vontades e fantasias. Mas é a mesma coisa! Porém, o detalhe está na natureza das fantasias.
O homem, por ser racional e direto, tem nessas vontades o sonho de transar freqüentemente para descarregar uma série de emoções, como também energia emocional, e nas fantasias transar nas diversas situações e posições que sua criatividade possa imaginar. O primeiro conjunto tende ao instintivo, o segundo ao racional.
A mulher, por outro lado, é emocional e indireta, suas vontades - instintivas como no homem - buscam o básico da sobrevivência, ou seja, casa, comida e proteção. Do lado racional, suas vontades se satisfazem por meio do acúmulo de riqueza.
Sendo assim, na perspectiva instintiva, o homem quer sexo, a mulher quer conforto. Pela perspectiva racional, o homem maquina maneiras criativas para experimentar bom sexo, a mulher trama maneiras de obter ganhos materiais.
O homem não tem tendência de apreciar uma tarde fazendo compras no shopping, mas faria tudo para transar o dia inteiro. Em total contraste, as mulheres não tendem a apreciar muito sexo, mas fariam de tudo para passar o dia fazendo compras.
Pode-se ver o paralelo? Outra observação, os homens competem entre si pelas melhores histórias, mesmo simuladas, de experiências sexuais. As mulheres também são competitivas, mas o objeto muda para aquilo que conseguiram adquirir - jóias, decoração, carros, móveis, casas...
Em se gabar de uma experiência sexual, o homem só impressiona descrevendo como foi a transa e como era o físico de sua parceira, enquanto a mulher se destaca entre as amigas ao apontar quem era o cara, sua profissão, quanto pagou pelo jantar, como estava vestido, onde era e que bem decorado era seu apartamento e que carro tinha.
Em descrever a parceira, o homem descreve a bunda e os seios com perfeição e, por respeito, não se lembra do nome da moça. A mulher sequer lembra que o parceiro fez com ela na cama, no chão, nas escadas, no banheiro ou no quarto da empregada, mas reparou bem se o cara era peludo, tinha as unhas bem cortadas e se usava perfume e desodorante. Não só soube anotar seu nome, como também reparou a marca do relógio, da roupa e em quais bancos tinha conta e cartão de crédito.
Quem sabe, isso pode até ser proposital no grande arranjo das coisas, pois assegura a perpetuidade da espécie. Desde os primórdios, o homem teria um estímulo maior, instintivo, para sustentar e proteger sua família. A mulher, sabendo da 'fraqueza' masculina, usaria seus 'encantos' para conseguir armazenar alimento e riquezas para o progresso de sua família.
Muitos animais agem dessa mesma maneira, de fato macacos machos oferecem frutas e flores às suas fêmeas com segundas intenções. Porque seria diferente dos seres humanos? Pois bem, o ser humano difere dos animais por possuir a capacidade de raciocinar, que o devesse permitir analisar e controlar suas ações e idéias. Nesse sentido, se fosse consciente de tais limitações poderia administrar seus impulsos e investir em algo humano bem mais proveitoso - o amor.
Animais são incapazes de amar, pois trata-se de uma arte que envolve discernimento, dedução e comprometimento. Discernimento é a capacidade de compreender, dedução é a capacidade tirar conclusões lógicas e comprometimento é a capacidade de assumir responsabilidades conseqüentes de suas escolhas. São todas derivadas da capacidade de raciocinar, que não têm nenhum componente instintivo.
O humano dependeu, em seu início, do instinto por carecer de cultura social, que eventualmente o faria se juntar a outro ser humano do sexo oposto para formar uma família - o núcleo básico de seres humanos.
Por ser ainda primitivo, o homem necessitava de alguma 'regra' para permanecer ao lado de sua companheira, em especial durante sua gestação. O que mantinha o macho próximo à sua fêmea era uma vaga idéia de poder transar novamente, assim que essa barriga voltasse ao normal, pois lembrava que sexo é muito bom!
Com sua evolução, o homem deixou de lado a maioria de seus instintos, substituídos por atitudes racionais, mas a maior influência instintiva - o comportamento sexual - não foi domada. Nesse sentido, no que se refere a sexo, o ser humano ainda tende a agir como um animal.
Ao invés de perseguir o sexo primitivo e bestial, o humano devesse incorporar esta importante função fisiológica como parte, ou base, de uma relação de generosidade, intimidade e afeto. Trata-se de um componente com potencial de elevar a qualidade de vida de uma família, não de uma moeda de barganha.
Deve-se compreender que a mulher que usa o sexo como moeda de barganha, que se submete a transar sobre determinadas condições - mesmo que seja a mãe de nossos filhos - não passa de uma prostituta - monogâmica ou não. Na verdade só casou para assegurar total controle sob seu principal cliente - o marido, mas se o leiteiro tiver algo mais a oferecer, também pode ser servido. É Verónica, estou falando de você, sua vadia, entre outras...
Não há nada de inteligente em agir como um animal, em se prostituir ao próprio marido, pois na verdade está agindo como um mero animal desprovido de raciocínio. Suas ações apenas oferecem incertezas, enganos e manipulações. Tais atitudes obrigam o marido a buscar em outro lugar o amor, conforto, auto-estima e auto-confiança que não encontra com sua mulher. São suas atitudes que provocam essas reações no homem, mas quando as descobre se revolta e culpa apenas o marido pelo desastre do matrimônio.
Em verdade, o certo (humano) a fazer é entregar-se plena e fielmente ao companheiro. Em dividir tudo com o outro, apenas motivado por uma plena generosidade. Casais que seguem esta linha são mais felizes, verdadeiros e estáveis parceiros - tais relações duram toda a vida. Casais que comercializam afeto e sexo tendem ao oposto - duram muito pouco, são infelizes e cheios de segredos.
Um casal unido pela razão tende ao acerto, pois parte do raciocínio simples, lógico e corretíssimo de que "já que estamos juntos, vamos tirar o melhor proveito para nós". Isso significa se esforçar pela felicidade e bem-estar do outro, jamais manipular e enganar e, na essência, se entregar plenamente ao empreendimento.
Amar, na verdade é uma empresa, uma sociedade, cujo objetivo é passar a aventura da vida ao lado de seu objeto. A relação requer compromisso igualitário de respeito, suporte, confiança, compreensão, carinho e esperança.
Sexo, numa relação de amor, é apenas mais uma manifestação de carinho, repleta de intimidade e cumplicidade. Sendo assim, não há espaço para restrições, condições ou negociações. Propõe-se que um matrimonio devesse ser construído sobre o amor recíproco, sendo que cada nova experiência fosse assimilada para purificar e fortalecer tal amor.
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