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Aug 17, 2011

Banco de Sexo - A Versão Feminina de Banco Imobiliário

Todas as mulheres reclamam que os homens são galinhas, que não se contentam com uma única mulher, mas isso não é verdade. A verdade está mais próxima da velha frase "Quem gosta de homem é ‘viado’, mulher gosta é de dinheiro". Observe que estamos falando em essa frase estar mais próxima da verdade daquela primeira, das mulheres. Mas proximidade não implica em exatidão.

Ocorre que o homem normal deposita seus instintos sexuais numa mulher imaginária, quem ele acredita irá satisfazer todas suas vontades e fantasias. Enquanto isso, as mulheres imaginam um homem que vai satisfazer todas suas vontades e fantasias. Mas é a mesma coisa! Porém, o detalhe está na natureza das fantasias.

O homem, por ser racional e direto, tem nessas vontades o sonho de transar freqüentemente para descarregar uma série de emoções, como também energia emocional, e nas fantasias transar nas diversas situações e posições que sua criatividade possa imaginar. O primeiro conjunto tende ao instintivo, o segundo ao racional.

A mulher, por outro lado, é emocional e indireta, suas vontades - instintivas como no homem - buscam o básico da sobrevivência, ou seja, casa, comida e proteção. Do lado racional, suas vontades se satisfazem por meio do acúmulo de riqueza.

Sendo assim, na perspectiva instintiva, o homem quer sexo, a mulher quer conforto. Pela perspectiva racional, o homem maquina maneiras criativas para experimentar bom sexo, a mulher trama maneiras de obter ganhos materiais.

O homem não tem tendência de apreciar uma tarde fazendo compras no shopping, mas faria tudo para transar o dia inteiro. Em total contraste, as mulheres não tendem a apreciar muito sexo, mas fariam de tudo para passar o dia fazendo compras.

Pode-se ver o paralelo? Outra observação, os homens competem entre si pelas melhores histórias, mesmo simuladas, de experiências sexuais. As mulheres também são competitivas, mas o objeto muda para aquilo que conseguiram adquirir - jóias, decoração, carros, móveis, casas...

Em se gabar de uma experiência sexual, o homem só impressiona descrevendo como foi a transa e como era o físico de sua parceira, enquanto a mulher se destaca entre as amigas ao apontar quem era o cara, sua profissão, quanto pagou pelo jantar, como estava vestido, onde era e que bem decorado era seu apartamento e que carro tinha.

Em descrever a parceira, o homem descreve a bunda e os seios com perfeição e, por respeito, não se lembra do nome da moça. A mulher sequer lembra que o parceiro fez com ela na cama, no chão, nas escadas, no banheiro ou no quarto da empregada, mas reparou bem se o cara era peludo, tinha as unhas bem cortadas e se usava perfume e desodorante. Não só soube anotar seu nome, como também reparou a marca do relógio, da roupa e em quais bancos tinha conta e cartão de crédito.

Quem sabe, isso pode até ser proposital no grande arranjo das coisas, pois assegura a perpetuidade da espécie. Desde os primórdios, o homem teria um estímulo maior, instintivo, para sustentar e proteger sua família. A mulher, sabendo da 'fraqueza' masculina, usaria seus 'encantos' para conseguir armazenar  alimento e riquezas para o progresso de sua família.

Muitos animais agem dessa mesma maneira, de fato macacos machos oferecem frutas e flores às suas fêmeas com segundas intenções. Porque seria diferente dos seres humanos? Pois bem, o ser humano difere dos animais por possuir a capacidade de raciocinar, que o devesse permitir analisar e controlar suas ações e idéias. Nesse sentido, se fosse consciente de tais limitações poderia administrar seus impulsos e investir em algo humano bem mais proveitoso - o amor.

Animais são incapazes de amar, pois trata-se de uma arte que envolve discernimento, dedução e comprometimento. Discernimento é a capacidade de compreender, dedução é a capacidade tirar conclusões lógicas e comprometimento é a capacidade de assumir responsabilidades conseqüentes de suas escolhas. São todas derivadas da capacidade de raciocinar, que não têm nenhum componente instintivo.

O humano dependeu, em seu início, do instinto por carecer de cultura social, que eventualmente o faria se juntar a outro ser humano do sexo oposto para formar uma família - o núcleo básico de seres humanos.

Por ser ainda primitivo, o homem necessitava de alguma 'regra' para permanecer ao lado de sua companheira, em especial durante sua gestação. O que mantinha o macho próximo à sua fêmea era uma vaga idéia de poder transar novamente, assim que essa barriga voltasse ao normal, pois lembrava que sexo é muito bom!

Com sua evolução, o homem deixou de lado a maioria de seus instintos, substituídos por atitudes racionais, mas a maior influência instintiva - o comportamento sexual - não foi domada. Nesse sentido, no que se refere a sexo, o ser humano ainda tende a agir como um animal.

Ao invés de perseguir o sexo primitivo e bestial, o humano devesse incorporar esta importante função fisiológica como parte, ou base, de uma relação de generosidade, intimidade e afeto. Trata-se de um componente com potencial de elevar a qualidade de vida de uma família, não de uma moeda de barganha.

Deve-se compreender que a mulher que usa o sexo como moeda de barganha, que se submete a transar sobre determinadas condições - mesmo que seja a mãe de nossos filhos - não passa de uma prostituta - monogâmica ou não. Na verdade só casou para assegurar total controle sob seu principal cliente - o marido, mas se o leiteiro tiver algo mais a oferecer, também pode ser servido. É Verónica, estou falando de você, sua vadia, entre outras...

Não há nada de inteligente em agir como um animal, em se prostituir ao próprio marido, pois na verdade está agindo como um mero animal desprovido de raciocínio. Suas ações apenas oferecem incertezas, enganos e manipulações. Tais atitudes obrigam o marido a buscar em outro lugar o amor, conforto, auto-estima e auto-confiança que não encontra com sua mulher. São suas atitudes que provocam essas reações no homem, mas quando as descobre se revolta e culpa apenas o marido pelo desastre do matrimônio.

Em verdade, o certo (humano) a fazer é entregar-se plena e fielmente ao companheiro. Em dividir tudo com o outro, apenas motivado por uma plena generosidade. Casais que seguem esta linha são mais felizes, verdadeiros e estáveis parceiros - tais relações duram toda a vida. Casais que comercializam afeto e sexo tendem ao oposto - duram muito pouco, são infelizes e cheios de segredos.

Um casal unido pela razão tende ao acerto, pois parte do raciocínio simples, lógico e corretíssimo de que "já que estamos juntos, vamos tirar o melhor proveito para nós". Isso significa se esforçar pela felicidade e bem-estar do outro, jamais manipular e enganar e, na essência, se entregar plenamente ao empreendimento.

Amar, na verdade é uma empresa, uma sociedade, cujo objetivo é passar a aventura da vida ao lado de seu objeto. A relação requer compromisso igualitário de respeito, suporte, confiança, compreensão, carinho e esperança.

Sexo, numa relação de amor, é apenas mais uma manifestação de carinho, repleta de intimidade e cumplicidade. Sendo assim, não há espaço para restrições, condições ou negociações. Propõe-se que um matrimonio devesse ser construído sobre o amor recíproco, sendo que cada nova experiência fosse assimilada para purificar e fortalecer tal amor.

Mar 10, 2011

Generalizando a Hipocrisia

Fato: Há mais estrelas no universo que grãos de areia no mar
Fato: Os alunos Japoneses estudam mais e detém os melhores índices de QI
Estatística: dois milhões de pessoas trafegam todos os dias pelo Metro de São Paulo
Estatística: Nas capitais morrem mais motoqueiros no transito que vítimas de assaltos
Generalização: Pelo menos 70% da população é covarde e conformista.
Generalização: A maior parte dos brasileiros é ignorante, imoral e corrupta.

Todas essas frases me parecem ser verdadeiras, ou ao menos plausíveis. Essa é a primeira pergunta que você deve se fazer: posso aceitar essa informação e repeti-la? Como argumentos há pouca diferença qualitativa. A única diferença está em referência à sua neutralidade, umas podem ser meros fatos, outras ofendem.

Quando você, leitor, estava na escola, suas notas o classificavam, dentro de uma média estatística - não apenas entre seus colegas, mas também entre todos que passaram por esse sistema de ensino, ainda é assim até hoje. Você era um dado estatístico classificado basicamente por sua inteligência e capacidade.

Enquanto você era comparado com o desempenho de seus colegas, como se sentiam os alunos situados nas extremidades? Alguém se importava? Havia alguém que dissesse que era cruel colocar os jovens nessa situação? Que esse clima de competição pudesse ser prejudicial ao desenvolvimento de mentes saudáveis?

Não há nem crítica dos tecnocratas, nem preocupação dos pais, que aceitam submeter seus filhos a um sistema carcerário doentio e desumano. O motivo é simples, se os demais o fazem, deve estar certo. O culpado é esta sociedade que reprime a discussão racional, que reprime a lógica e o bom senso. As pessoas são submetidas ao sistema politicamente correto, que estabelece os limites de discussão.

Não há problema algum passar horas enchendo a cara num bar, discutindo o impacto do sobrepeso do Ronaldo. Apesar de ninguém ter mérito no seu sucesso, todos se dão direito a condená-lo e humilhá-lo - isso pode porque todos o fazem. Mas somos todos solidários quando aparece nos jornais o gordinho que foi destratado no metrô por ocupar duas cadeiras.

Um cientista americano apresentou o resultado de uma pesquisa realizada em 5 milhões de pessoas, usando os dados de escolas públicas do mundo todo. Suas primeiras revelações apontavam que o QI dos Japoneses era, em média, acima de 120 pontos. Os americanos e Europeus variavam muito pouco. O mundo discutiu o assunto como algo interessante que poderia ajudar na melhora do sistema de ensino.

Infelizmente a carreira desse indivíduo chegou ao fim quando ele publicou o restante de seu trabalho. Figurava que os alunos de etnia negra tinham QI próximo ou abaixo de 70 pontos. A esperada reação mundial foi de rejeitar esse dado - sem necessidade de alguma referência estatística, pois lhes parecia ser racista!

Independente do grau de veracidade, das provas irrefutáveis, a informação passa pelo filtro PC, que é aprovada como fato ou estatística ou rejeitado como mentira ou generalização. A sociedade é hipócrita do miolo pra fora... Se a informação não agrada ela é descartada, até rima.

Pois a afirmação de a maioria dos brasileiros serem covardes e conformistas é perfeita e condizente com a atitude de sua sociedade. Há muito poucos indivíduos que têm a capacidade de discernir alguma coisa (ignorância). Já que não compreende, aceita o modo de pensar da maioria (conformista). Se entendesse, tampouco encontraria forças de fazer algo a respeito, e mesmo que se revoltasse com a norma de algum assunto não iria se manifestar pelo medo de ser marginalizado pela sociedade (covardia).

Quanto à sua falta de moralidade, o brasileiro vê claramente os abusos cometidos diariamente contra o seu próximo, mas enquanto não lhe atinge, o abuso não é seu problema. A regra generalizada é 'ser esperto', se puder sonegar seus impostos, sonega! Se puder tirar alguma vantagem sobre seu próximo, a tira. Se puder roubar sem ser pego, rouba.

O brasileiro vê o honesto e trabalhador como um otário, quem ele realmente admira é o bandido, o ladrão - prova disso é a disparidade do salário mínimo do trabalhador (R$520) em contraste com a ajuda-auxílio dos detentos (R$780 por filho) e o pacote da bolsa-família, que não passa de um incentivo para vagabundo (R$3000). Ou seja, realmente só otário trabalha neste país.

Quanto à corrupção, ele reclama apenas por inveja dos políticos e burocratas que saqueiam o país, mas dada a oportunidade o faz igual ou pior - depende de oportunidade e sua esperteza.

É muito comum, nas rodas de discussão, ver as pessoas tentando argumentar sobre assuntos sérios, mas em vários momentos se vê obrigado a reconhecer que 'está generalizando, mas...' - essa necessidade de justificar que não está sendo tendencioso é causada pela forte pressão do politicamente correto, que classifica de preconceituosa qualquer generalização controversa. Não há nada de errado generalizar contra país desenvolvido ou contra o homem branco, por exemplo.

- Todo homem branco sofre de síndrome de down! Garanto que nem o leitor achou chocante essa afirmação, apesar de ser falsa e ofensiva.
- Alguns homens negros têm joanete acentuado. Nem sei bem que pode implicar tal frase, mas eu mesmo já sinto um grau de culpa por escrevê-la. Já sinto a pressão do PC, dá vontade de apagar o texto todo e me esconder debaixo da cama.

O par de frases demonstra a hipocrisia do código PC, mas mais importante, nos dá uma sensação de erro e culpa subconsciente, que nos faz pensar se não fomos programados em algum laboratório secreto. Se um indivíduo branquelo fosse repetir a segunda frase em público, certamente seria criticado, pelo tabu de suas primeiras três palavras.

Em conclusão, esta sociedade hipócrita se preocupa mais com superficialidades inconseqüentes que com verdadeiros problemas que nos assola, e que certamente está levando o mundo ao buraco. Cadê a gente que se diz 'do bem' para assumir maiores responsabilidades?

Lobby das Multinacionais

Eu sempre escrevo praticamente a mesma coisa, em diferentes palavras. Sobre a importância de uma sociedade consciente e capacitada. Todo o desenvolvimento humano depende dessa simples premissa. Nossa evolução não é física - nunca foi, ela é unicamente intelectual. Infelizmente, o estado de mente da sociedade moderna é algo estagnado, desorientado e nocivo.

Se em outras eras nossos ancestrais detinham menos conhecimento, havia muito mais busca pelo desconhecido por aventuras em busca do entendimento. Nesta sociedade moderna, na era da abundancia de informação, abundancia de alimento e abundancia de distrações, extinguiu-se o espírito do descobrimento. Há imbecis que chegam a lamentar que tudo já foi descoberto, que não há mais mistérios nem em nossa natureza humana nem na ciência.

Quanto à nossa evolução, éramos uma "coisa" e passamos a ser humanos, aquilo que éramos é irrelevante para a nossa evolução atual. O importante é que a nossa mente tem o potencial de evoluir muito mais, não apenas tecnologicamente, mas mais importante intelectual e psiquicamente.

 Os avanços de nossa tecnologia atendem apenas aos interesses do capitalismo, não da humanidade. Exemplo simples de ilustrar isto é de observar os investimentos na busca da cura de AIDS, que reserva um mercado lucrativo, em comparação à busca da cura contra a doença de Chagas, que infecta 60-80% das populações do norte deste continente.

Enquanto a população de AIDS é consideravelmente menor, seu potencial lucrativo é infinitamente superior, ou seja, é mais interessante para os grandes laboratórios fármacos investir nesses clientes. Os pobres seres infectados de Chagas que enriqueçam se quiserem ser curados...

O fato reinante nesse e em todos os problemas do mundo é que ninguém entende de nada que interessa, ninguém tem consciência dos bobos detalhes à nossa volta. Somos todos sacaneados, diariamente, em tudo que passa. Porque a grande maioria - aquela que vota nos bandidos, aquela que serve de massa de manobra, aquela que sustenta o capitalismo é tão ignorante quanto é imbecil.

Com o intuito de ilustrar isto, mostrar como funciona o lobby, principalmente das multinacionais, passo a citar poucos exemplos, mas o leitor devesse compreender - e até desenvolver seu próprio senso de crítica - que somos enganados e abusados porque é da natureza do capitalismo.

A Indústria das Telecomunicações
Esse mercado já foi considerado estratégico e reservado. Muitos acham lindo que tenha sido privatizado, sem sequer avaliar os ganhos e perdas da operação. Eu mesmo seria favorável à privatização, contanto que houvesse um limite regulado ao valor comprado pelo serviço. Mas existe a ANATEL, que é o órgão regulador!!!

Ocorre que esse órgão se tornou, desde a sua criação num antro de corrupção. É pratica comum o mercado absorver seus funcionários assim que estes se aposentam - que são premiados com cargos honorários e regalias pelo tempo de serviço favorecido dentro da ANATEL.

O importante de avaliar é sobre qual mérito esses servidores são agraciados com aposentadorias nas empresas que regularam durante anos. Esta prática é comum e conhecida em todo o mercado das teles, mas ninguém fiscaliza tais reguladores.

A finalidade da ANATEL é de regulamentar os produtos e os custos, além da qualidade do serviço. Impressionante é o fato que todas as teles figuram entre as primeiras nas listas de reclamações de consumidor. Pra que serve órgão regulador se são as teles que determinam os preços e qualidade do serviço, mas ninguém puxa orelhas por um péssimo atendimento?

Quanto aos preços estabelecidos por esse órgão regulador, quase R$1,50 o minuto do celular, por exemplo, se deve compreender os custos operacionais do ramo. Expansão, comercialização e marketing são investimentos, os únicos custos reais são de manutenção (de equipamento que dificilmente dá problema e tem muitos anos de garantia) e a conta de consumo de eletricidade. Observe-se que o uso de uma chamada não afeta o consumo elétrico de manter o equipamento ligado.

Outro fato, ligado à questão de preços é comparar com a prática em outros países - o pacote de celular com internet livres tem taxa mensal de US$50, pra falar o que quiser o mês todo; na França, e em outros países da Europa, o minuto custa €0,09. Claro que deve ser barato assim apenas nesses países de primeiro mundo, mas e alguns dos pobres? Paraguai, aqui do lado segue o mesmo critério dos EUA, o preço do pacote mensal chega a R$ 60,00; na Índia, praticamente uma favela, entre os pacotes disponíveis, o minuto chega a custar R$ 0,02!

Brasil exerce um dos preços mais altos do mundo, que inclui o Vaticano e a Estação Orbital CE. Outro detalhe é o serviço de informações 102. Pouco depois das privatizações, passaram a cobrar cerca de um real. Muito pouco divulgado, na verdade omisso, a justiça as obrigou a prestar o serviço gratuito, que resolveram com um número 0800 - que não vou divulgar aqui... Especialmente porque ainda não decorei tantos números.

ANP (Agencia Nacional do Petróleo) e o Biodiesel
A espelho das boas práticas da ANATEL, a ANP além de seguir a mesma linha, se esmera em criar oportunidades para empresas petroleiras estrangeiras - oportunidades de pai para filho, que apenas beneficiam as já riquíssimas multinacionais. Não se pode negar o esforço sacrificado que os reguladores desse órgão agem contra a Petrobrás e contra o Brasil, em beneficio das estrangeiras.

Ninguém se pergunta por quê! Mas não seria possível supor que se trata do mercado mais lucrativo do planeta, que envolve cifras inimagináveis. Um mercado que já demonstrou seu poder de corromper qualquer um, que já provocou inúmeras guerras visando aumentar um pouquinho mais a sua margem... Não será que a criação de tal órgão teria sido motivada simplesmente para facilitar e concentrar num só lugar as negociações de suborno, dentro da esfera do Executivo?

O caso do biodiesel é algo que nem sequer tem explicação, pois é um negócio de jumento! Brasil se destaca, há uns vinte anos, em pesquisa e desenvolvimento de fontes alternativas de energia. Isso é um mérito colossal, pois é um investimento pioneiro e de amplo sucesso em algo concreto para o bem da humanidade e para o planeta.

Contudo, se faz necessário imaginar o poderoso lobby nesse tópico que envolve os grupos financeiros mais poderosos do mundo - envolve seu bolso! Quem, afinal, deu o direito a um paisinho de merda se antecipar nesse setor, que já tem dono? Quem se atreve a criar outro produto para competir com o petróleo? O programa do álcool só aconteceu porque os militares nacionalistas enxergaram o seu potencial estratégico. Jamais teria sido sequer proposto no cenário entreguista 'democrático/capitalista' do PT.

Ocorre que o sucesso do álcool é inquestionável, como alternativa dos fósseis, mesmo assim, e apesar disso, já teve a sua merecida resistência e sabotagens. Só lembrar também das centenas de intervenções e boicotes ao programa nuclear brasileiro.

Agora é a vez do biocombustível. A idéia proposta por cientistas e empreendedores conscientes é de desenvolver o motor a biocombustível, na forma de funcional com óleos vegetais. A grande variedade de clima e solo brasileiro permite explorar plantas oleaginosas como a palma do dendê e do pinhão, que produzem acima de 600 litros por hectare.

Não podendo calar uma comunidade científica que reivindica este programa desde 1975, o governo - por meio da ANP - se viu obrigado a uma resposta pseudo-comprometida. Algum safado lobista (que certamente não deseja ver o biocombustível dar certo por aqui) convenceu o Mula e equipe a adotar o óleo de mamona, que seria melhor aplicado como lubrificante e que rende apenas 150 litros por hectare. Já erramos no óleo!

Como se não bastasse, vamos também errar no motor. Os óleos vegetais contêm glicerina, que é altamente energética, mas que não queima bem nos motores a diesel Mercedes, que deixa uma cera cristalizada que entope e quebra os pistões. O grupo do governo, ao invés de aproveitar a glicerina, envolve mais um processo (caro e desnecessário) chamado de transesterificação, que retira a glicerina, e mistura a sobra com o diesel na proporção de 30% vegetal para 70% fóssil.

Que idéia imbecil é essa, se estamos procurando uma alternativa ao fóssil, se isso volta a depender do diesel. O biocombustível apenas requer uma modificação ao motor, cujo custo não passa de R$ 1000 (investimento que se paga no oitavo tanque cheio). Dai acabaria a dependência ao petróleo e se trabalharia com um combustível limpo, não-poluente e plenamente renovável.

O programa do álcool pegou o mundo de surpresa, os donos do mundo não achavam que o brasileirinho fosse capaz de realizá-lo. De fato, Bautista Vidal, pai do programa é Espanhol, nascido e formado lá! O programa nuclear já foi suficientemente travado, estão satisfeitos. Agora não vai ter terceira chance, o programa do biocombustível não sai!

O Genérico e Outras Idéias
O projeto que deu destaque à carreira política do Serra não passa de uma farsa. Inventaram o genérico para dar mercado a alguns laboratórios, inclusive o do Serra, mas que agem apenas nos medicamentos baratos e pulverizados. Os medicamentos para tratamentos mais sérios (principalmente para os idosos) não têm genéricos, estes custam os olhos da cara. Deixa a vovó morrer, que é um peso a menos para a previdência!

Tratando de laboratórios farmacêuticos, temos que observar de onde vem a maioria de seus princípios ativos. Uma grande parte dos ingredientes dos remédios vem dos alimentos que comemos. O arroz e o trigo, além das frutas, por exemplo, tem cascas ricas em fibra, vitamina e várias substâncias aplicadas na fabricação de remédios. A indústria de alimentos processados retira tais substâncias dos alimentos e nos vende matéria degradada a chamando de 'beneficiada'. As benéficas substâncias que retiram dos alimentos são vendidas para os laboratórios, simplesmente porque estes pagam mais. Dai vem a pergunta, se nós comecemos o alimento integral - não-beneficiado - será que ficaríamos doentes e precisaríamos dos remédios?

O vasto mercado de bebidas jamais sofre alguma discriminação, como é o caso do cigarro. Se há discussão que o cigarro cria dependência e mata, da bebida se pode dizer o mesmo, mas com a agravante que esta também altera a mente e é responsável por acidentes de trabalho, de trânsito, de abusos familiares e outras seqüelas. Mas cadê as manobras do governo de triplicar seus impostos, restringir o consumo por menores ou, ainda, retirar as bebidas do mercado ou da propaganda?

Já comentei, em outro post, sobre a nova tomada 'padrão' que o governo impôs na virada da noite. O único beneficiado é o fabricante, mais ninguém. Essa porcaria obrigatória só representa mais gastos, mais lixo urbano e mais isolamento das superiores tecnologias estrangeiras. Amanhã o governo irá criar uma nova lei impondo um padrão do copo descartável quadrado, que irá substituir o "inferior" redondo, e nenhum cidadão achará ruim, pois é em nome do progresso!

Voltamos ao ponto de partida, sem nenhum avanço. O problema não está nos corruptos, pois essa é sua natureza. O problema está em nosso povo, que de tão medíocre se contenta em ser um torcedor do Flamengo ou do Corinthians, se contenta em ver a sua mãe, irmã e filha serem praticamente estupradas no carnaval, se contenta em aprender da vida assistindo novela e BigBrother Brasil!

Com esse povo de merda, este país continuará no buraco, vendo seus filhos nascerem para a escravidão e tormentos... Educação consciente (algo jamais visto) é a única ferramenta que pode tentar, sem garantias, de resolver algo. Infelizmente não há garantias, pois a principal parcela da população está contente com o modo que vive.

May 29, 2010

Mais uma da Corrupção Brasileira – Tomada-Padrão

Em todos os momentos de nosso dia-a-dia somos confrontados com armadilhas do governo. Enquanto em outros países o governo existe para servir ao povo, para atender a necessidades básicas como infra-estrutura, educação, saúde, transporte e segurança, aqui nesta terra de conformistas, o governo existe para transformar uma pequena parcela da população em milionários. Apenas isso!

A corrupção, como é um segmento muito interessante do PIB informal, trata de fortalecer dois artifícios essenciais – a de alienar a população e a de tornar o sistema público algo impossível de administrar. Quanto a este último, tornaram a máquina pública tão complicada, confusa e incoerente que, além de facilitar esconder os atos mais corruptos dentre as papeladas, também cria as dificuldades e impossibilidades, mas onde tudo tem seu ‘jeitinho’ de resolver, basta uma pequena propina aqui, outra ali, mais adiante uma nova sequencia de propinas, e assim vai.

Nada, neste país, custa o que devesse custar! Frase esquisita, mas pertinente. Deve-se considerar que para produzir qualquer bem, a indústria recebe todo mês visitas forçadas de fiscais municipais, tributários, trabalhistas, bombeiros, polícia, políticos, sindicatos, crime organizado, ainda vai a fiscalização sanitária, IBAMA, presidente do condomínio, e os pastores evangélicos da vizinhança!

Cada uma destas visitas obriga a empresa a pagar alguma ‘taxa’, sob a ameaça de fecharem suas portas – de uma ou outra maneira todos eles têm esse poder. Esse custo, que se chama de Custo Brasil, é repassado para o consumidor, que paga em média 100% a mais, que sua contra-parte em qualquer outro país.

Pasme, os mais fáceis de lidar e provavelmente os mais francos, por incrível que pareça, são os representantes do crime organizado, que inclusive dão recibo para debitar do imposto de renda e ainda dizem ‘obrigado’. Praticamente o mesmo se aplica nos ramos de imóveis, serviços ou qualquer outra coisa.

O lucro de uma típica empresa se perde nesse Custo Brasil, forçando o empresário a entrar, também, no ciclo vicioso da corrupção, obtendo seu lucro real na sonegação e comercialização de notas fiscais. E o buraco apenas cresce...

O processo de alienação conta com a plena colaboração dos sistemas de comunicação nacionais e internacionais. O conteúdo escolar, por exemplo, é hermeticamente travado, para controlar o nível de inteligência, cultura e criatividade das futuras gerações. Além de recorrer a todos os artifícios de alienação, como a música imbecilóide, novela sem conteúdo e programas de TV, cujo público atinge 99% da população (Faustão, BBB, Caldeirão, Aquela-p*ta Gimenez, etc.), os jornais tomam extremos cuidados de jamais tocar em assuntos pertinentes à soberania nacional e à defesa do povo brasileiro, e tampouco aprofundam quaisquer assuntos um pouco mais relevantes.

A bobagem é a principal notícia do dia-a-dia – desde os insignificantes bois de piranha que o próprio sistema lança para aparentar algum progresso, como o José Dirceu e Marcos Valério, alguns anos atrás, e agora o Roberto Arruda. São meros personagens que já serviram ao grande esquema e agora ficaram obsoletos. O sistema os joga na mídia como os grandes corruptos do Brasil, fumaça para chocar a população, que não percebe o verdadeiro poder que há por trás.

Jamais cai um José Sarney, Antonio Carlos Magalhães, um Lula ou Lulinha. Estes controlam o verdadeiro poder do governo, ganham maços de dinheiro por quilo, mas ninguém trata de investigá-los, de abrir processos contra eles.

Esse é o papel da alienação, desviam o foco das grandes questões para a população passar meses discutindo a vida destes políticos menores e insignificantes, sem falar no futebol e carnaval. Ocasionalmente ocorre algum crime bárbaro envolvendo gente da classe média, que também se enquadram na ilusão de fumaça, como o Arruda e Dirceu. O caso dos Nardoni foi um grande exemplo disto. A coisa tomou proporções que tinha mendigo de rua acenando cartaz em frente ao tribunal.

Esses episódios distraem a população e a faz acreditar que há, neste país, alguma justiça, mesmo que se saiba que apenas depende do advogado e do montante de propina a disposição para condenar ou julgar uma pessoa. Condenam um ou outro político por corrupção – mas são os Temmer e Suplicy, que ficam jogando pedra, os maiores corruptos, e que acumulam décadas de cadeira sem jamais haver feito algo em beneficio do país ou daqueles que os elegeu.

Enquanto que um governadorzinho de merda rouba dos cofres públicos na troca de lâmpadas e postes de rua, os maiores corruptos do Brasil aprovam leis, projetos e programas que tornam a roubalheira sistêmica, universal e, pior, legalizada. É o caso do PAC, que constrói casas populares, o próprio projeto das casas orça cada unidade em R$ 9.000, mas os contratos para empreiteiras têm em média o valor de R$ 34.000 por unidade. Como isso é possível? Fácil, se compra todo mundo e o projeto passa a ser perfeitamente legal.

Outro novo esquema, o qual provocou este lamentável artigo, é o caso das novas tomadas elétricas – o ‘novo’ padrão – não só aprovado pelo INMETRO, mas também feito obrigatório pelo governo federal. O projeto foi proposto, aprovado e implementado na calada da noite. Sequer os comerciantes de artigos eletro-eletrônica foram avisados, que dirá a indústria.

O assunto merece ser discutido em várias óticas – (1) requisitos de invenção (2) praticidade; (3) mercado nacional; (4) economia nacional e ambiental; (5) interesses. A seguir, todos os argumentos para as cinco óticas.

1. Requisitos de Invenção
    O órgão responsável pelo registro de marcas e patentes do Brasil chama-se INPI. Dentre os requisitos que esse órgão exige para registrar uma nova invenção é de ser algo melhorado, em contraste a algum outro produto que se pretende substituir, caso contrário, não é concedida sua patente.

A tomada, que o Brasil agora impõe como padrão, não trás nenhum avanço tecnológico, nenhuma melhoria de produção, segurança ou coerência. Ou seja, não há o menor cabimento de considerar esta proposta como algo que mereça a exclusividade que o governo impõe. 1 a zero por enquanto.


2. Praticidade
    A tomada tampouco propõe algum avanço prático, na verdade, faz exatamente o contrário – obriga toda uma população de 190 milhões a trocar todas suas tomadas e plugues elétricos para se adequar a este estúpido padrão. Não há dúvida de quem já usava eletricidade antes deste padrão irá ter uma tremenda dificuldade em se adaptar ao novo modelo, que não apresenta nenhuma vantagem para isso.

Tampouco facilita a vida de quem viaja, especialmente os estrangeiros que visitam o Brasil, pois o novo padrão é tão imbecil que impede que se use os milhares de adaptadores (agora antigos e obsoletos). O desenho é tão mal-intencionado que não permite aproveitar nada que havia, pois colocaram o terceiro pino (terra) deliberadamente entre os dois outros pinos para impedir a entrada (fase e neutro).

Algo importante de se observar, o Brasil não tem o hábito de utilizar o fio terra. É bem seguro apostar que não há nem 0,001% de residências brasileiras com a fiação terra instalada, que para funcionar direito requer um acréscimo de 30% em fiação interna, além de obra para instalar uma 4 hastes cobreadas e vários metros de cabo de cobre nu.

Quanto aos órgãos públicos, que são obrigados a seguir as normas de construção, é muito difícil encontrar algum, cuja fiação esteja conectada a aterramento de hastes de cobre – o normal é de apenas conectar essa fiação numa haste de ferro das fundações, que pouco funcionam. Sendo assim, PARA QUÊ SERVE ESSE PINO DO MEIO???

Por fim, quanto à praticidade, é importante observar que é um direito de todo cidadão adquirir equipamento eletrônico do exterior – notebooks e telas de LCD, por exemplo. O padrão-imbecil brasileiro não se adéqua – propositalmente – a nenhum outro padrão no mundo. Trata-se então de apenas mais uma dificuldade sem sentido.

Os principal padrão brasileiro prévio, que se encontra na maioria das residências, escritórios e comércios do Brasil servia tanto para o padrão americano quanto para o padrão latino, mas agora, nenhum serve. Quanta falta de praticidade! 2 a 0.


3. Mercado nacional
    O padrão imposto pelo governo, que surpreendeu à grande maioria da população, representa um atraso de vida e de geração de renda, uma vez que todas as casas de 190 milhões de habitante, agora terão de se adequar, se pretendem comprar algum artigo novo que requer eletricidade.

Até o presente momento, nenhum aparelho celular vendido possui adaptador para essa monstruosidade, mas em breve, os quase 100 milhões de usuários terão de comprar um adaptador padrão-idiotinha se quiserem usar seus carregadores em locais públicos (tomara que façam como eu, boicotar essa safadeza e não se adequar à tomada, apenas ao adaptador).

Esta questão é grave, por se tratar de um imenso mercado de demanda, para uma óbvia estrutura de oferta, ainda em desenvolvimento. Por mais que as empresas interessadas em impor este padrão – as que subornaram muito para aprová-lo – estiverem preparadas para produzir essa nova imbecilidade, será difícil abastecer todo o Brasil num curto espaço de tempo.

O que isso significa? Significa que o mercado nacional terá de passar por um processo interno e externo desnecessário para se ajustar à nova determinação dos cretinos. Significa que uma pequena empresa, uma padaria por exemplo, terá de contratar um eletricista (+/- R$100 a diária) para trocar uma média de 15 tomadas e plugues (+/- R$ 150).

É evidente que nem todos necessitam trocar de imediato, pois poucos são os brasileiros que seguem à risca as tremendas cagadas do governo, mas em algum momento terão de acompanhar.


4. Economia nacional e ambiental
    Pode parecer, para muitos, que este negócio da tomada padrão seja benéfico, mas na verdade é uma grande fraude, por parte de seletas empresas e do governo federal, que impõe algo que irá beneficiar algumas fortunas, mas também tem seu preço, pois significa jogar ao lixo as tomadas existentes (boa parte em perfeito estado) e substituí-las por peças da mesma composição, mas num custo para o país cerca de R$ 2 bilhões, completamente desnecessário e desmiolado.

Por outro lado, o ambiental, haverá se descartado aos lixões cerca de 200 milhões de toneladas de plástico misturado com peças de latão. Como o Brasil tem uma fraquíssima política de reciclagem, isso vai direto para os lixões e daqui a 100 anos irão se perguntar porque ainda não se inventou algo biodegradável e útil. Já é 4 a 0.


5. Interesses
Aqui vem a parte interessante. A quem interessa implementar este novo padrão? Obviamente quem vai lucrar são as poucas empresas que tem os direitos de produzir tal tomada, ainda, as poucas empresas que tem estrutura físico-financeira para tal empreendimento. Para impor este absurdo padrão, também tem interesse os corruptos funcionários do INMETRO, que fizeram passar este embuste, além dos distintos parlamentares que aprovaram a lei que nos obriga a jogar dinheiro pelo ladrão, literalmente.

Um padrão destes não interessa em nada a população, o comércio geral ou a indústria. Da parte do comércio, interessa apenas às empresas inescrupulosas que vêem no padrão a oportunidade de renovar seus estoques. A velha tomada, que vinha sendo vendida como um ‘padrão’ aceito por todos, (todos!) já representava um bom negócio, agora ficou maravilhoso, pois as vendas irão se multiplicar em muito.

Amanhã vou ter que ir a uma loja para comprar um adaptador, pois não penso me submeter a esta exigência nefasta – pois comprei um novo aparelho elétrico, que não posso usar, já que veio com plugue dessa nova tomada imbecil. Na minha casa não vai entrar essa tomada, por minhas convicções de não pactuar com a roubalheira deste país, mas com isso terei de sofrer um aborrecimento cada vez que compre um aparelho novo, ao menos vou ter que encher a dispensa dos adaptadores. Infelizmente, 5 a zero. Cinco a favor de corruptos políticos e empresários – zero a favor do Brasil.


Em conclusão, a população sequer sabe quando está sendo enganada, roubada e feita de idiota. Assim, ela apenas ‘fica sabendo’ quando e como o corrupto sistema assim o desejar, sem direito a opinar ou aceitar – apenas tem que submeter, como também é o termo usado quando se fazem as leis.

May 15, 2010

Ilusão de Democracia

Dizem que a democracia é a menos pior de todos os sistemas políticos. Infelizmente, tudo que refere a democracia não passa de mentiras, inclusive essa classificação ‘menos pior’. Ocorre que a democracia é um engodo que faz acreditar que há algo de representação, de igualdade, de respeito e a serviço e benefício de todos – grosseira mentira.

Poder é poder, e todos o querem, e quem o tem não pretende dividir: é assim de básico. A democracia propõe conceder tal poder a representantes do povo, de maneira que estes defendam os interesses daqueles que lhes elegeram. Contudo, essa ingenuidade não existe, pois uma vez que o representante é eleito, este passa o resto de sua carreira na luta exclusiva de perpetuar seu poder.

Desde seu princípio, a democracia foi uma farsa que esconde o pior dos sistemas políticos, pois enquanto mantém a população acreditando a mentira que possui algum poder através do voto, esconde o fato que a democracia é parceira do capitalismo.

Basicamente, o comunismo é um sistema político e econômico, assim como o socialismo, mas a democracia depende do capitalismo e vice-versa. E é o capitalismo que controla a democracia, que tem o poder de barganhar cada cargo eletivo ou de financiar golpes de estado. A simples visão do capitalismo, que surgiu logo após a revolução industrial, é que tudo tem seu preço, principalmente a vida humana.

O capitalismo, por natureza, existe e prospera graças à idéia de que tudo, absolutamente tudo tem um valor monetário. Nesse sentido, a política democrática se torna apenas um ciclo-sem-fim de fantoches disputando uma parcela de poder, com o objetivo de elevar seu preço de mercado e, em seguida, colocar-se à venda.

O PT, por exemplo, sempre se posicionou como partido de oposição, mas se abnegou de participar nos maiores momentos de intenção verdadeiramente democráticos – seja na revisão da constituição, como no processo da primeira eleição presidencial depois da ditadura.

Quando o PT assumiu o governo federal se notou imediatamente a ocupação de militantes em todas as esferas de governo, com o princípio exclusivo de ocupar e dominar o poder, de maneira a jamais voltar a perdê-lo. Com esse fim, utilizaram a máquina pública para financiar o controle do congresso, financiar as campanhas mais caras que o país já viu, assim como desestabilizar e derrubar a concorrência.

O maior exemplo de uso da máquina pública para assegurar o voto, pelo PT, foi o programa Bolsa Família, que já alcança mais de 35milhões de famílias. É um programa nocivo, em que famílias pobres são incentivadas a ter filho e abandonar qualquer sonho de trabalhar. Como? Quanto mais filhos a família tem, maior será a doação do governo, ainda, só pode se inscrever quem não trabalha! A mensagem é de que quem não trabalha se dá bem e, com o exemplo do Lula, também se dá bem quem não estuda.

Esse programa assegura o voto cabresto, pois se trocar de governo – de preferência para algo mais decente – o projeto corre risco de ser extinto, por sua natureza nefasta. Diante dessa possibilidade as milhões de famílias que vivem amarradas a tal programa devem continuar elegendo candidatos do PT para continuar sendo sustentado sem a menor dignidade. O PAC e PAC2 também seguem essa linha.

Dignidade é o cidadão poder sustentar sua família com o fruto do próprio trabalho, dignidade é o pai de família sair em busca do alimento para sua família, não de ficar sentado em casa esperando o mês passar para a próxima esmola governamental. Além disso, dignidade também é não depender da quantidade de filhos para elevar o valor dessa esmola.

Simpatizantes do PT afirmam que tal programa é necessário, senão essa gente morre de fome, ou que ele é um suporte e incentivo para os beneficiados voltar a trabalhar. Como!?! Se lhe dão o sustento do mês, para quê vão querer sair da comodidade do barraco para buscar aquilo que já recebe sentado à sombra. O fato é que essas famílias jamais poderão elevar sua situação, pois estão acomodados recebendo do governo – sempre e quando não buscarem alguma alternativa mais digna.

Programa de governo – com a incrível quantidade de recurso público investida – devesse gerar pólos industriais e agrícolas para essa gente ter seu próprio emprego, mas daí deixariam de votar neles, uma vez que tivessem tal liberdade, que não dependessem mais na esmola-governo. Ainda, porque não se investe no resto do país, principalmente no centro-sul, de onde vem a brutal maioria do recurso que o governo gasta a esmo?

Vale lembrar que 62% da verba destinada a infra-estrutura contra os desastres climáticos foram, em 2008-2010, aplicados a algumas cidades do interior baiano, onde houve pouco ou nenhum desastre ambiental. A maioria dos eventos foi no litoral sul, que recebeu uma mixaria. Ocorre que o Ministro Geddel será candidato nesse estado, e já comprou sua eleição – está praticamente eleito.

A democracia não só permite esse comportamento anti-democrático, como o incentiva, uma vez que o político não está interessado no povo, e sim no voto. Dessa maneira aplicará sempre a verba pública onde terá maior retorno em votos.

Outro exemplo da má aplicação de verba pública, na Capital do Brasil, é a enxurrada de dinheiro gasto para promover eventos – musicais, esportivos ou religiosos (ver post sobre o Índice de Custo/Benefício para Eventos). Os políticos acreditam que ganham algum voto promovendo tais festas. Porém, na prática se verifica que não há muita visibilidade e, ainda, em poucos meses outro político realiza uma festa praticamente idêntica (coordenada pelos mesmos empresários). A população sequer recorda quem foi que patrocinou tal evento, apenas irá lembrar do porre no dia seguinte.

O que menos se vê aprovado e realizado são programas e projetos com objetivo de gerar empregos, de capacitar o trabalhador ou de fomentar a indústria, comércio e agropecuária. A maioria das ações governamentais é voltada a doação daquilo que o brasileiro devesse adquirir por si só com dignidade.

Infelizmente, quanto maior domínio sobre sua vida e da sua família o brasileiro tiver, mais liberdade ele terá de escolher seu representante. Obviamente, isso não é do interesse do político, que luta para assegurar sua próxima vitória eleitoral. Para o interesse da democracia, quanto mais pobre, ignorante e analfabeto é o povo, mais fácil e barata será a eleição.

Quanto à representação do eleitorado, uma vez eleitos, os políticos esquecem seus compromissos, ignoram suas necessidades, pois passam a ocupar o cargo para si, para seu próprio proveito. A coisa fica transparente uma vez que se observa como funcionam as articulações partidárias.

Nenhum político vota lei, destina emenda ou faz alianças em benefício de seu povo. Todas suas ações têm em primeiro lugar a sua perpetuidade no poder. As votações, por exemplo, são partidárias, de bancada, etc. Isso significa que os políticos usam da união para negociar entre partidos em benefício dos partidos.

As duas principais estratégias dos partidos são de barganhar seus votos por indicações a cargos estratégicos ou por dinheiro em espécie, como no caso do Mensalão do Lula e o Mensalão do DEM. Em ambos os casos, os partidos negociaram seus votos em troca de dinheiro, que recebiam mensalmente, prestando também mensalmente seu apoio ao governo. O voto individual de cada parlamentar não pertence ao povo, como se espera da democracia – que o represente, é apenas um objeto de barganha para vantagens pessoais e partidárias.

Nesse sentido, a democracia claramente não funciona em benefício da população, ela apenas sustenta uma ínfima parcela dela, na forma dos políticos e suas famílias. Em parceria com o capitalismo, o dinheiro fala mais alto, que para sustentar a situação muitos políticos e empresários já acumularam riquezas para assegurar seu controle sobre a democracia.

May 14, 2010

Sonho de Salvar a Humanidade

Acredito na perpetuidade de nossos espíritos, de um aprendizado, que não pode e, provavelmente, não deve ser adquirido em apenas uma vida. Também acredito que a minha alma devesse ser antiga, pelo fácil discernimento para as coisas. Tenho desenvolvido uma consciência quase permanente da minha responsabilidade pela humanidade e seu futuro.


Estamos chegando num momento da história humana que parece que ela busca seu próprio fim e, seja verdadeira ou não, o está alcançando. Parece que sua necessidade de expandir, assim como seu consumismo irá provocar a sua própria destruição.

Não se vê alguma entidade buscando um caminho seguro pelos desastres que, gradativamente, se anunciam por vir.

É meu propósito ao menos tentar encontrar uma solução, que possa dar uma mínima chance de sobrevivência para uma pequena parcela de pessoas, na esperança de haver alguém neste planeta no futuro.

Ao meu ver, se ao menos sobrar uma tribo de humanos, haverá uma esperança para esta maravilhosa obra divina, que fomos tão imbecis em a desperdiçar. Não penso que chegou-se a merecer sua ira, contudo, que Deus tenha abandonado nosso destino, pois, faz mais sentido, uma vez que nos colocamos nessa posição por nossas próprias vontades, pelo nosso próprio livre arbítrio.

A humanidade não pode responsabilizar ninguém além dela mesma. Deus não é culpado por nos deixar escolher o próprio caminho. Ele sabe que temos condições de evoluir.

Ele nos deu todas as condições de buscar a nossa sobrevivência, de prosperar em harmonia com a natureza que nos provê de tudo. Mas fizemos outra prosperidade – uma que transformou essa natureza para os nossos gostos e ambições imediatas, mas distantes de uma existência adequada.

Essa prosperidade também assegurou o lugar do senhor e do escravo, em sociedade, privando a grande maioria da população da liberdade, em especial a liberdade mental. Privando, assim, ao homem de experimentar a vida.

Proponho a possibilidade de renovar a esperança de Deus em nós novamente, mas para isso se necessita duas coisas:

  • um recomeço de objetivos, em harmonia com a natureza do mundo e do homem;
  • uma nova, e também renovada, filosofia de vida – uma que priorize a humildade, a fraternidade e a caridade. Essa filosofia desmascara a busca da vaidade, da luxúria e da cobiça.
São estes vícios que ameaçam a liberdade e prosperidade da humanidade. Um novo conjunto de valores terá de ser proposto, onde a humanidade encontrará base para unir forças para melhorar sua condição de um grupo coeso e próspero. Tal prosperidade condiz em levar uma vida de reflexão, de buscar aprimorar o ser humano em sua plenitude.