Dizem que a democracia é a menos pior de todos os sistemas políticos. Infelizmente, tudo que refere a democracia não passa de mentiras, inclusive essa classificação ‘menos pior’. Ocorre que a democracia é um engodo que faz acreditar que há algo de representação, de igualdade, de respeito e a serviço e benefício de todos – grosseira mentira.
Poder é poder, e todos o querem, e quem o tem não pretende dividir: é assim de básico. A democracia propõe conceder tal poder a representantes do povo, de maneira que estes defendam os interesses daqueles que lhes elegeram. Contudo, essa ingenuidade não existe, pois uma vez que o representante é eleito, este passa o resto de sua carreira na luta exclusiva de perpetuar seu poder.
Desde seu princípio, a democracia foi uma farsa que esconde o pior dos sistemas políticos, pois enquanto mantém a população acreditando a mentira que possui algum poder através do voto, esconde o fato que a democracia é parceira do capitalismo.
Basicamente, o comunismo é um sistema político e econômico, assim como o socialismo, mas a democracia depende do capitalismo e vice-versa. E é o capitalismo que controla a democracia, que tem o poder de barganhar cada cargo eletivo ou de financiar golpes de estado. A simples visão do capitalismo, que surgiu logo após a revolução industrial, é que tudo tem seu preço, principalmente a vida humana.
O capitalismo, por natureza, existe e prospera graças à idéia de que tudo, absolutamente tudo tem um valor monetário. Nesse sentido, a política democrática se torna apenas um ciclo-sem-fim de fantoches disputando uma parcela de poder, com o objetivo de elevar seu preço de mercado e, em seguida, colocar-se à venda.
O PT, por exemplo, sempre se posicionou como partido de oposição, mas se abnegou de participar nos maiores momentos de intenção verdadeiramente democráticos – seja na revisão da constituição, como no processo da primeira eleição presidencial depois da ditadura.
Quando o PT assumiu o governo federal se notou imediatamente a ocupação de militantes em todas as esferas de governo, com o princípio exclusivo de ocupar e dominar o poder, de maneira a jamais voltar a perdê-lo. Com esse fim, utilizaram a máquina pública para financiar o controle do congresso, financiar as campanhas mais caras que o país já viu, assim como desestabilizar e derrubar a concorrência.
O maior exemplo de uso da máquina pública para assegurar o voto, pelo PT, foi o programa Bolsa Família, que já alcança mais de 35milhões de famílias. É um programa nocivo, em que famílias pobres são incentivadas a ter filho e abandonar qualquer sonho de trabalhar. Como? Quanto mais filhos a família tem, maior será a doação do governo, ainda, só pode se inscrever quem não trabalha! A mensagem é de que quem não trabalha se dá bem e, com o exemplo do Lula, também se dá bem quem não estuda.
Esse programa assegura o voto cabresto, pois se trocar de governo – de preferência para algo mais decente – o projeto corre risco de ser extinto, por sua natureza nefasta. Diante dessa possibilidade as milhões de famílias que vivem amarradas a tal programa devem continuar elegendo candidatos do PT para continuar sendo sustentado sem a menor dignidade. O PAC e PAC2 também seguem essa linha.
Dignidade é o cidadão poder sustentar sua família com o fruto do próprio trabalho, dignidade é o pai de família sair em busca do alimento para sua família, não de ficar sentado em casa esperando o mês passar para a próxima esmola governamental. Além disso, dignidade também é não depender da quantidade de filhos para elevar o valor dessa esmola.
Simpatizantes do PT afirmam que tal programa é necessário, senão essa gente morre de fome, ou que ele é um suporte e incentivo para os beneficiados voltar a trabalhar. Como!?! Se lhe dão o sustento do mês, para quê vão querer sair da comodidade do barraco para buscar aquilo que já recebe sentado à sombra. O fato é que essas famílias jamais poderão elevar sua situação, pois estão acomodados recebendo do governo – sempre e quando não buscarem alguma alternativa mais digna.
Programa de governo – com a incrível quantidade de recurso público investida – devesse gerar pólos industriais e agrícolas para essa gente ter seu próprio emprego, mas daí deixariam de votar neles, uma vez que tivessem tal liberdade, que não dependessem mais na esmola-governo. Ainda, porque não se investe no resto do país, principalmente no centro-sul, de onde vem a brutal maioria do recurso que o governo gasta a esmo?
Vale lembrar que 62% da verba destinada a infra-estrutura contra os desastres climáticos foram, em 2008-2010, aplicados a algumas cidades do interior baiano, onde houve pouco ou nenhum desastre ambiental. A maioria dos eventos foi no litoral sul, que recebeu uma mixaria. Ocorre que o Ministro Geddel será candidato nesse estado, e já comprou sua eleição – está praticamente eleito.
A democracia não só permite esse comportamento anti-democrático, como o incentiva, uma vez que o político não está interessado no povo, e sim no voto. Dessa maneira aplicará sempre a verba pública onde terá maior retorno em votos.
Outro exemplo da má aplicação de verba pública, na Capital do Brasil, é a enxurrada de dinheiro gasto para promover eventos – musicais, esportivos ou religiosos (ver post sobre o Índice de Custo/Benefício para Eventos). Os políticos acreditam que ganham algum voto promovendo tais festas. Porém, na prática se verifica que não há muita visibilidade e, ainda, em poucos meses outro político realiza uma festa praticamente idêntica (coordenada pelos mesmos empresários). A população sequer recorda quem foi que patrocinou tal evento, apenas irá lembrar do porre no dia seguinte.
O que menos se vê aprovado e realizado são programas e projetos com objetivo de gerar empregos, de capacitar o trabalhador ou de fomentar a indústria, comércio e agropecuária. A maioria das ações governamentais é voltada a doação daquilo que o brasileiro devesse adquirir por si só com dignidade.
Infelizmente, quanto maior domínio sobre sua vida e da sua família o brasileiro tiver, mais liberdade ele terá de escolher seu representante. Obviamente, isso não é do interesse do político, que luta para assegurar sua próxima vitória eleitoral. Para o interesse da democracia, quanto mais pobre, ignorante e analfabeto é o povo, mais fácil e barata será a eleição.
Quanto à representação do eleitorado, uma vez eleitos, os políticos esquecem seus compromissos, ignoram suas necessidades, pois passam a ocupar o cargo para si, para seu próprio proveito. A coisa fica transparente uma vez que se observa como funcionam as articulações partidárias.
Nenhum político vota lei, destina emenda ou faz alianças em benefício de seu povo. Todas suas ações têm em primeiro lugar a sua perpetuidade no poder. As votações, por exemplo, são partidárias, de bancada, etc. Isso significa que os políticos usam da união para negociar entre partidos em benefício dos partidos.
As duas principais estratégias dos partidos são de barganhar seus votos por indicações a cargos estratégicos ou por dinheiro em espécie, como no caso do Mensalão do Lula e o Mensalão do DEM. Em ambos os casos, os partidos negociaram seus votos em troca de dinheiro, que recebiam mensalmente, prestando também mensalmente seu apoio ao governo. O voto individual de cada parlamentar não pertence ao povo, como se espera da democracia – que o represente, é apenas um objeto de barganha para vantagens pessoais e partidárias.
Nesse sentido, a democracia claramente não funciona em benefício da população, ela apenas sustenta uma ínfima parcela dela, na forma dos políticos e suas famílias. Em parceria com o capitalismo, o dinheiro fala mais alto, que para sustentar a situação muitos políticos e empresários já acumularam riquezas para assegurar seu controle sobre a democracia.
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